Senten a O Caso dos Exploradores de Cavernas ICD

ALÉM DO COMPORTAMENTO CIVIL1

1. ESTADO DE NATUREZA
Não há como sustentar o trágico caso destes exploradores de cavernas da Sociedade Espeleológica como um acontecido de natureza normal e comum. Fora um caso de extrema delicadeza e necessário da atenção mais minuciosa possível. Foram homens, seres humanos, que tiverem seu cotidiano interrompido, afastados de forma bruta de seus lares e afetos, impossibilitados de locomoção espontânea, tendo que se limitar a um convívio imposto entre 5 companheiros de atividade, que talvez sequer tivessem bom entendimento entre si. A caverna naquele momento fora o habitat privado daqueles infelizes homens que buscavam apenas exercer suas atividades de maneira mais honrosa possível.
Afugentaram-se estes pobres homens do convívio social estabelecido a cada um de nós e foram postos em condição onde nem todas as atitudes tomadas nestas circunstancias derivam e devem obedecer às relações já estabelecidas na sociedade civil em que viveram até aquele momento. Sociedade esta regada de normas e códigos de conduta que buscam o ordenamento prático e tendencioso, nem sempre estando comprometida com a forma justa das soluções dos problemas inerentes e imprevisíveis da sociedade.
O ordenamento capaz de suprir as necessidades de convívio ali inseridas se perfaz sobre o Estado de Natureza as quais aqueles homens foram postos. As “leis naturais” ali se fazeram presentes, haja vista a ineficiência, até mesmo ausência, das normas positivadas, onde “há uma lei natural, eterna e imutável, que se traduz na existência de um universo já legislado” (MARQUES NETO, 1990, p. 104). A corrente jusnaturalista “vê no homem não um cidadão da Cidade de Deus ou (como no século XIX) do mundo histórico, mas um ser natural, um elemento de um mundo concebível segundo leis naturais” (FERRAZ JUNIOR, 1980, p. 24), o que justifica o comportamento destes infelizes homens que tiveram de atender suas necessidades naturais e pertinentes a perpetuidade de suas vidas tendo que