Senso comum
Ele cita o antropólogo Clifford Geertz que definiu senso comum como “emaranhado de práticas recebidas, crenças aceitas, julgamentos habituais e emoções que não foram ensinadas”. Por outro lado este conhecimento também se apresentaria de forma especializada, através da rotina de trabalho de um determinado profissional, médico, advogado etc. Entretanto, o senso comum se diferenciaria de outros tipos de conhecimentos humanos, como a ciência e a matemática, pois ao contrário desses sistemas formais ele tem como base a prática e não teoria. Desse modo sua ênfase se dá em encontrar respostas para perguntas e não entender como se chegou a essas respostas. Assim diferentemente do conhecimento teórico o senso comum tenta lidar com o mudo como ele é sem refletir sobre ele.
Outra diferença se daria em relação à forma de organização das descobertas. Nos sistemas formais a organização é feita em categorias lógicas descritas por princípios gerais, no senso comum o princípio organizativo se dá em situações concretas e particulares. O autor dá como exemplo o saber referente ao comportamento adequado ao vestir ou falar perante um chefe, amigos ou nossos pais, comportamento esse que será diferente conforme cada uma dessas situações. Porém o que diferenciaria o senso comum de um sistema formal ao lidar com essas questões é que o primeiro tem princípios particulares para cada situação sem uma explicação teórica e o segundo parte de uma única lei generalizada.
O senso comum seria de difícil aplicabilidade em computadores porque iria requerer um numero relativamente grande de regras, para lidar até mesmo com