Senso comum
Para sabermos o que é ciência, o que é conhecimento científico, precisamos distingui-los do chamado senso comum.
Iniciamos com as perguntas abaixo:
Como duvidar que o sol seja menor do que a Terra se, todo dia, vemos um pequeno círculo de cor vermelha percorrendo o céu?
Como duvidar que a terra seja imóvel se diariamente vemos o sol nascer, percorrer o céu e se pôr?
Cada espécie de animal não surgiu tal como o conhecemos? Como imaginar um peixe tornar-se réptil ou um pássaro? A Bíblia não nos ensina que Deus criou em um único dia todos os animais?
Certezas como esta estão presentes na nossa vida e expressam o que nós chamamos de "senso comum".
Porém a astronomia nos revela que o sol é muitas vezes maior do que a Terra e que é a Terra que se move em torno dele.
Já a biologia nos ensina que as espécies de animais se formaram a partir de modificações de microorganismos extremamente simples e isto ao longo de milhões de anos.
Você, com certeza, já deve ter ouvido alguém dizer: "Dize-me com que andas que eu te direi quem és"; ou: "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando".
Esses dois exemplos nos mostram com o senso comum se manifesta através dos ditos populares, das crenças do povo. É um verdadeiro receituário para o homem resolver os seus problemas da vida diária.
É um saber não-sistematizado mas muito útil para guiar o homem na sua vida cotidiana.
É obtido geralmente pelas observações realizadas pelos sentidos
Há, pois, uma grande diferença entre nossas certezas cotidianas e o conhecimento científico.
Diríamos que o senso comum não se caracteriza pela investigação, pelo questionamento, ao contrário da ciência. Fica no imediato das coisas, caracteriza-se pela subjetividade. É ditado pelas circunstâncias. É subjetivo, isto é, permeado pelas opiniões, emoções e valores de quem o produz: "Quem ama o feio, bonito lhe parece" e "Nossa amiga que rouba é cleptomaníaca; o