Senso comum e senso científico
• O senso comum e o conhecimento científico apresentam diferenças significativas que radicam fundamentalmente: - Nas práticas cognitivas que utilizam. - No tipo de linguagem em que se exprimem. - No poder explicativo e preditivo que possuem.
• Tendo em conta estas diferenças, duas teses se perfilam quando às relações existentes entre dois níveis de abordagem do real: a tese continuísta e a teses descontinuísta.
• Os que defendem a existência de uma linha de continuidade entre senso comum e a ciência insistem sobretudo no maior rigor, correcção e aprofundamento da ciência, cuja função seria a de corrigir o senso comum.
• Os que partilham a tese oposta, na linha de Bechelard, defendem que há rotura e oposição entre dois níveis, e que é preciso abandonar o domínio da opinião se se quer fazer ciência.
• De qualquer modo, hoje, mais que nunca, dada a importância prática de que a investigação científica se reveste, há a noção de que é preciso, na medida do possível, esbater as fronteiras entro o senso comum e a ciência, através da construção de uma opinião esclarecida.
• É preciso que as pessoas compreendam o alcance, os limites e o interesse da investigação cientifica e tenham alguma capacidade de intervenção na eventual tomada de decisão acerca de assuntos que a todos importam
Características Exemplo
Procede das observações e experiencias quotidianas recolhidas ao longo da vida e das diferenças de gerações. Tomar chá de boldo, cujo propriedades medicinais há muito são conhecidas, para aliviar as dores de fígado, não implica conhecer o principio activo, isto é, a substancia química, presente nas folhas, bem como o modo pelo qual ela atua.
É formulado na linguagem vulgar e corrente.
Limita-se a constatar o que existe, sem se preocupar com a explicação do que existe.
Tem valor prático, ajudando a resolver situações do