Senso Comum e Psicologia Científica
1. Ciência e senso comum
O termo psicologia é usado no cotidiano das pessoas em vários sentidos, todas pessoas de modo geral tem “a sua psicologia”. Por exemplo, dizemos que faz usa psicologia aquele vendedor que usa a persuasão para vender o seu produto; aquela moça que usa seu poder de sedução para atrair um rapaz; aquele amigo que nos ouve quando estamos com problemas, dizemos que ele tem psicologia para nos entender.
Mas essa não é a psicologia usa por psicólogos, essa é denominada de psicologia de senso comum. Mas nem por isso deixa de ser uma psicologia. Normalmente as pessoas tem um domínio, mesmo que pequeno, do conhecimento acumulado pela psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas de um ponto de vista psicológico.
2. O senso comum: conhecimento da realidade
Existe um domínio vida da que pode ser entendido como vida por excelência: é a vida do cotidiano. É no cotidiano que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que estamos incumbidos de nossas tarefas rotineiras (acordar, tomar café, ir ao trabalho, ir à universidade, ler um livro, jantar...), tais acontecimentos anunciam que estamos vivos. Já a ciência é uma atividade reflexiva que procura compreender, esclarecer e alterar o cotidiano, a partir de seu estudo sistemático.
A ciência é baseada na realidade cotidiana mas afasta-se dela para refletir e conhecer além de suas aparências transformando-a em um objeto de investigação.
Para melhor compreensão, pensa na abstração que Newton teve que fazer para, partindo da fruta que caía da árvore (fato cotidiano), formular a lei da gravidade (fato científico).
É fato que, mesmo o mais especializado dos cientistas está submetido à dinâmica do cotidiano quando sai de seu laboratório, o mesmo cria suas próprias teorias a partir de teorias científicas, seja simplificando para o uso diário ou como sua maneira peculiar de interpretar os fatos, a despeito das considerações feitas pela