SENSAÇÃO, REFLEXÃO E AÇÃO: O KUNG-FU PARA CEGOS E DEFICIENTES VISUAIS
PARA DEFICIENTES VISUAIS
José Maurício A. Bittencourt *
RESUMO Na presente pesquisa, buscamos desenvolver uma proposta metodológica para o ensino da arte marcial chinesa conhecida como Kung-fu às crianças com deficiência visual. Procuramos construir as aulas e as atividades específicas do kung-fu, de modo que pudesse atender tanto aos alunos cegos, quanto aos com baixa visão. Uma vez que, o desenvolvimento global das crianças com deficiência visual pode sofrer atraso, devido à falta de estímulos adequados, pretendemos fornecê-los através de uma pedagogia adaptada nessa arte marcial. Para a realização dessa pesquisa, crianças com deficiência visual do Instituto de Cegos Padre Chico, Ipiranga (SP), foram submetidas às aulas do Kung-fu, num caráter lúdico, que proporcionava diversas situações problemas para maior adaptação e busca de soluções. Também foram trabalhadas técnicas de meditação, uma vez que, a melhora na concentração e timidez, através da respiração, era um desejo comum de todos os participantes. Por viés de movimentos atrelados à profunda reflexão e significado, o Kung-fu se mostrou nessa pesquisa, não somente como um conjunto de atividades físicas para o desenvolvimento motor, como também, uma oportunidade para se obter novas informações, as quais fazem uma relação comum e direta com a cultura oriental. Esta que, por sua vez, visa aspectos importantes como disciplina, controle emocional e espiritual, complementa a cultura na qual nós ocidentais estamos inseridos, especialmente no que diz respeito ao universo das pessoas com deficiência visual.
Palavras-Chave: Kung-fu. Deficiência visual. Pedagogia
* Graduando – Faculdade de Saúde / Curso de Educação Física Universidade Metodista de São Paulo E-mail: zecarbono14@gmail.com Orientação: Prof.º Ms Cristiane Viana Guzzoni Co-Orientação: Prof.º Ms Artur José Squarisi de Carvalho
1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa teve como ponto de