Senhor

1. Introdução
Inicialmente a escavação em rochas era efetuada com a intenção de se obter blocos de pedra. Eram utilizadas pedras mais duras que se friccionavam sobre pedras mais brandas. Para que isso ocorresse eram confeccionadas pedras em formatos especiais ou por vez se empregavam chifres de animais ou qualquer outro material que possuísse dureza suficiente.
Com o tempo, estes processos foram substituídos por ferramentas de ferro e posteriormente, devido à demanda por produção, surgiu a técnica do rompimento de maciços rochosos através de seu aquecimento por fogo.
Com o surgimento da pólvora, grandes alterações aconteceram nos processos de escavação.
A pólvora foi substituída por dinamite e posteriormente por nitrato de amônia e outros compostos explosivos.
Hoje em dia a mão de obra humana é cada vez menos utilizada nos processos de escavação, sendo gradativamente substituída por máquinas.
Este trabalho descreve a escavação de um túnel em solo, abordando as técnicas, equipamentos e metodologias construtivas utilizadas.

2. Aspectos Geológicos-Geotécnicos:
O túnel em questão situa-se na região da Serra da Prata, a região apresenta bordas de uma intrusão batolítica, constituída basicamente por biotita granito. Esse corpo rochoso de forma circular está intrudido num complexo de rochas menos competentes designadas genericamente como migmatito gnáissico.
Características importantes da região a serem citadas são a presença de grandes quantidades de blocos de diversos tamanhos que recobrem as partes baixas junto as vertentes e os sopés dos morros, bem como as meias encostas, e a existência de diversos pontos onde ocorre o surgimento de água em forma de riachos em cascata passando pelas fraturas mais permeáveis da rocha em diferentes elevações.
Anteriormente ao inicio das escavações foram feitas sondagens da região. Através dos resultados estimou-se que o comprimento do túnel em solo seria de 80m até se atingir a região de