SENAI
Comunicação em Prosa Moderna.
Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2003.
Quarta Parte – 4. COM. – EFICÁCIA E FALÁCIAS DA COMUNICAÇÃO
Capítulo I Eficácia
1.1 Aprender a escrever é aprender a pensar.
(Pág. 301)
“Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a encontrar idéias e a conectá-las(…)”
“Há evidentemente um mínimo de gramática indispensável (grafia, pontuação, um pouco de morfologia e um pouco de sintaxe), mínimo suficiente para permitir o que o estudante adquira certos hábitos de estruturação de frases modestas mas claras, coerentes, objetivas.”
“Escreve realmente mal o estudante que não tem o que dizer porque não aprendeu a pôr em ordem seu pensamento, e porque não tem o que dizer, não lhe bastam as regrinha gramaticais, nem mesmo o melhor vocabulário de que possa dispor. Portanto, é preciso fornecer-lhes os meios disciplinar o raciocínio, de estimular-lhe o espírito de observação dos fatos ensiná-lo a criar o aprovisionar ideias: ensinar, enfim, a pensar.”
1.2 Da validade das declarações
(Pág. 302)
“Ora, só os fatos provam; sem eles, que constituem a essência dos argumentos convincentes, toda declaração é gratuita, porque infundada e, por isso, facilmente contestável.”
“Nenhum dos interlocutores seria mais convincente se declarasse que “Fulano e ladrão porque Beltrano disse que é”. Se, entretanto, afirmasse que “Fulano é ladrão porque foi preso em flagrante quando assaltava a Joalheria Esmeralda, na madrugada de anteontem”, sua declaração teria muito maior grau de credibilidade, pois estaria apoiada num fato observado, comprovado ou comprável. Isso é prova, isso é que constitui a evidência dos fatos.”
“Em suma: toda declaração (ou juízo) que expresse opinião pessoal ou pretenda estabelecer a verdade só terá validade se devidamente demonstrada, isto é, se apoiada ou fundamentada na evidência os fatos, quer dizer, acompanhada de provas.”
1.3 Fatos