Senado
Delcídio acabou propondo que todos os senadores já inscritos falassem na tribuna ainda na sessão desta quarta, mas que a votação fosse deixada para a próxima a próxima semana.
A discussão da MP 665 teve início no plenário por volta das 18h. O primeiro senador a fazer uso da palavra foi o relator da matéria, senador Paulo Rocha (PT-PA). O petista defendeu que o texto seja aprovado na Casa conforme a Câmara votou, sem novas alterações.
Em seu relatório, Rocha manteve os trechos em que a Câmara amenizou as mudanças feitas pelo governo no acesso a benefícios trabalhistas. "Eu me dispus a ser relator porque acho que o governo errou em mandar a medida provisória como mandou, sem discutir com as centrais sindicais e os trabalhadores", disse.
Após a fala do relator, o senador Aloysio Nunes subiu à tribuna do Senado para criticar a medida e o governo da presidente Dilma Rousseff. "Essa medida é tão absurda e inadequada com a situação do Brasil que não chega a ser um erro [...]. Exatamente no momento que o desemprego aumenta no país, a presidente Dilma quer, com apoio do Senado, restringir o acesso ao seguro desemprego e ao abono salarial", declarou.
Tumulto
Houve tumulto na sessão ocorreu durante a fala do líder do PT, Humberto Costa (PE). Enquanto o senador falava, integrantes da Força Sindical começaram a vaiar o petista. Costa criticou a oposição e disse que, se estivessem governando o país, "hoje estariam defendendo boa parte dessas políticas".
"Não tenho medo de vaias", repetiu o petista. "Não tenho medo de vaia, nem o governo tem medo de vaia, nem o PT tem medo de vaia."
Logo após as primeiras vaias, Renan