SENAC ADO
BRASILEIRO: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA WEBERIANA
1. O ESTADO DA ARTE DOS ESTUDOS SOBRE A GOVERNANÇA CORPORATIVA
As pesquisas sobre governança corporativa realizada durante os anos 1990 focaram grandes corporações e questões e economia política. A transição do Estado socialista para a economia de mercado e o incremento dos mercados financeiros ao redor do mundo provocaram marolas sobre o gerencialismo corporativo com enorme relevância política.
A década de 1990 viu três desenvolvimentos que mudaram a literatura sobre a governança:
1. Trabalhos sobre a estrutura da das organizações que investigaram o conjunto de meios que evoluem dentro da organização para guiar a tomada de decisão gerencial;
2. Crescimento de pesquisas comparativas e históricas sobre governança que elevaram a idiossincrasia do sistema americano;
3. Articulação de uma posição reflexiva sobre a teoria da governança;
O economista Douglas Noth argumenta que há vários tipos de capitalismo nas teorias sociológicas de modernização, dependência, sistemas mundiais e na literatura popular sobre globalização. Um sistema nacional de governança corporativa pode ser visto como uma matriz institucional que estrutura as relações entre proprietários, conselheiros, diretores corporativos e determina os objetivos perseguidos pela corporação. A natureza na matriz institucional é que determina a vitalidade econômica da sociedade. Segundo Gordon a governança corporativa pode ser vista como uma matriz institucional capaz de ligar os sinais de mercado às decisões dos gerentes corporativos.
A matriz institucional que compõe o sistema americano de governança corporativa é conhecida como teoria da agência.
Sistemas de governança variam amplamente os meios com que os proprietários podem influenciar diretores. Eles podem delegar essas funções para um conselho, mas assegurar que a compensação e outros incentivos sejam