Semântica Formal no Brasil
A Semântica Formal no Brasil tem início com a formação curricular do bacharelado e do mestrado em linguística da UNICAMP a partir dos anos 1970, com propósitos de inserir o Brasil na pesquisa internacional em particular no campo da linguística. As primeiras propostas curriculares previam disciplinas como ‘Matemática para Linguistas’, que indicava um encaminhamento para os estudos formais. Uma visão para estudos de sintaxe formal, mas que também serviram de base para os estudos de semântica formal.
No mestrado em Linguística, não havia a disciplina ‘Semântica’, mas havia uma equivalente que se chamava ‘Lógica e Linguagem’. E uma disciplina oferecida em 1976 pelo Instituto de Matemática se chamava ‘Gramáticas Formais’.
Os cursos de linguística da UNICAMP davam aos alunos condições para acompanhar o que se fazia nos centros de pesquisa quase ao mesmo tempo em que a semântica se consolidava no exterior.
A saída de estudantes para cursar linguística no exterior, a partir do final dos anos 1970, trouxe pesquisadores com outras formações. Vários eventos também permitiram o florescimento da semântica no Brasil. De especial importância foram os Workshops, que tiveram início no final dos anos 90.
Em 1999 na cidade de Curitiba, aconteceram vários movimentos para integrar a semântica formal na pesquisa nacional.
Os estudos nacionais ganharam um grande impulso com a organização por Ana Müller, em 2000, do primeiro Workshop on Formal Linguistics na Universidade de São Paulo.
A Semântica Formal ganhou um lugar de respeito na pesquisa nacional, participando do amplo projeto que é compreender a capacidade humana de interpretar qualquer sentença de sua língua, e a história da semântica formal comprova ser uma área consolidada dentro da linguística brasileira.
Referências:
MÜLLER, Ana. VIOTTI, Evani. Semântica Formal. USP. Disponível em: . Acesso em out/2014
NETO, José Borges. Estudos Linguísticos. Revista Letras, n.52, p.167-182
.Editora da