Semiótica
O vocábulo empregado nos fragmentos assemelham-se. Ao ponto em que buscam seguir uma figura de linguagem que pode ser compreendida como uma mescla da norma culta com a norma comum, no entanto deixam lacunas quando utilizam-se de frases e chavões do cotidiano. No fragmento 1 pode-se destacar uma redundância logo no início de sua escrita: “Certifico eu...”. Em uma comunicação formal ou mesmo técnica profissional, não é aceitável redundância, nem mesmo erros gramaticais graves, uma vez que a comunicação será dirigida à pessoas que supostamente tem um conhecimento profundo das normas e figuras de linguagem. Segundo Medeiros e Tomasi (2008), “a linguagem formal é burocrática, artificial, conservadora, precisa, impessoal”. Percebe-se então no fragmento 5 a pessoalidade explicita no texto. Em uma comunicação que tenha como finalidade explicar um fato ocorrido dentro de uma organização, que será destinada para um órgão de caráter governamental, não é aceitável, colocações como: “foram criados com carinho especial” ou então “e cujo convívio diário proporcionou a todos um enlace matrimonial, ficando tão chocado, transtornado, constrangido e dolorido com o sentimento de impotência de fragilidade diante da mortandade de todos aqueles seres vivos...”. De fato trata-se de uma perda, e trata-se também de seres vivos. No entanto, a narrativa imprimiu um sentimento que normalmente seria dispensado por uma perda de uma pessoa, chegando a ser “cômico” tal fato. Observou-se ainda, que a linguagem utilizada não está de acordo ao contexto, em se tratando de uma ação civil, onde o empresário questiona uma indenização a uma comarca na cidade de Uberlândia/MG.
Tão pouco, nos fragmentos 2 e 4, pode-se observar um desconhecimento da figura de linguagem culta. Utilizam-se de uma linguagem comum e a linguagem popular. Segundo Castilho (1978, p.33-34) apud Medeiros e Tomasi (2008), “[...] Na verdade, não há português errado, e sim