SEMIÓTICA PEIRCIANA
A semiótica está alicerçada na fenomenologia, uma quase ciência que investiga os modos como apreendemos qualquer coisa que aparece à nossa mente, qualquer coisa de qualquer tipo.
A semiótica possui três ramos: a gramática especulativa (estudo de todos os tipos de signos e formas de pensamento que eles possibilitam), a lógica crítica (tem como base as diversas espécies de signos e estuda os tipos de inferências, raciocínios ou argumentos que se estruturam através de signos) e a metodêutica ou retórica especulativa (estudam os princípios do método científico, o modo como a pesquisa científica deve ser conduzida e como deve ser comunicada). A lógica crítica está baseada na gramática especulativa e a metodêutica na lógica criticam logo, há uma relação de dependência dos níveis mais baixos aos níveis mais altos de classificação.
Os estudos que Peirce desenvolveu, o levaram à conclusão de que há três elementos formais e universais em todos os fenômenos que se apresentam à percepção e à mente. Esses elementos foram chamados de primeiridade (tudo que estiver relacionado com acaso, possibilidade, qualidade, sentimento, originalidade, liberdade, mônada), secundidade (ideias de dependência, determinação, dualidade, ação e reação, aqui e agora, conflito, surpresa, dúvida) e terceiridade (generalidade, continuidade, crescimento, inteligência).
Para Peirce, o signo tem natureza triádica, ou seja, ele pode ser analisado: em si mesmo, no seu poder para significar; na sua referência àquilo que ele indica, se refere ou representa; e nos tipos de interpretação que ele tem o potencial de despertar nos seus interpretantes.
Como uma simples qualidade é uma propriedade formal que faz algo ser signo? Quando funciona como signo, uma qualidade é chamada de quali-signo, quer dizer, ela é uma qualidade que é um signo. A propriedade de existir, que dá ao que existe o poder de funcionar