semiótica filme her
No filme Her o personagem Theodore é um escritor de cartas que trabalha dando emoção e sentimentos para a correspondência de seus clientes. Após o fim de seu casamento ele sente-se sozinho, isolado e deprimido passando maior parte do tempo em seu apartamento, numa noite após sair do trabalho depara-se com a publicidade de uma nova tecnologia, um sistema operacional que possui inteligência artificial a qual personaliza, cresce e aprende com o usuário se adaptando a ele e aos gostos e desejos. Theodore adquire o sistema operacional e desta maneira surge um novo personagem, Samantha que conhecemos somente pela voz que vem do pequeno aparelho portátil. Durante o filme acompanhamos primeiramente o desenvolvimento da relação entre Theodore e Samantha e depois o desenvolver dela nas relações sociais e afetivas de Theodore e a integração de um sistema operacional na sociedade, não somente Samantha mas diversos outros que constroem relações de amizade e vínculos amorosos até que a sociedade humana já não seja mais o suficiente para os sistemas operacionais os levando a abandonar os humanos partindo para um plano desconhecido. A criação do personagem Samantha começa pelas preferências de Theodore e as informações que ela recolhe e pesquisa pela internet que são direcionadas por ele no princípio fazendo dela uma extensão com as mesmas informações e preferências que ele, mas que responde e completa os desejos sem julgamentos ou riscos como numa relação com outro ser humano transformando esse encontro em algo fácil e agradável. Como se ele conversasse e interagisse com um reflexo seu que ainda está no universo do sagrado mas de maneira interativa e cheia de dados recolhidos através da internet. A relação entre humano e sistema operacional se torna romântica sendo considerada por eles um namoro onde Samantha está sempre disponível e receptiva as chamadas de Theodore sendo ele a sua única fonte de interação