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BRASIL: FRUTICULTURA IRRIGADA MUDA A CARA DO SERTÃO De um lado, a vegetação seca da caatinga. De outro, mangueiras repletas de frutas e grandes cachos de uva. A zona semi-árida inserida no nordeste brasileiro é mesmo assim, um jogo de loteria com a própria natureza. Mas em pleno sertão nordestino, quem define a sorte é o Rio São Francisco - um oásis que tem um volume de água superior ao do Nilo e situa-se na parte mais ocidental do continente sul americano. Mas quem olhasse essa região há pouco mais de 30 anos, nunca imaginaria a transformação que ocorreria ali.
A abundância de água nem sempre foi bem aproveitada plenamente. Tudo começou com os debates da Constituição de 1948, quando foi criada a Comissão do Vale do São Francisco e destinados recursos que equivaliam a 1% de toda renda tributária da União. A meta era erradicar a pobreza de uma das regiões mais miseráveis do país em 20 anos. Na década de 1960, estudos da Sudene feitos em conjunto com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) identificaram a potencialidade da agricultura irrigada.
Desde então, Codevasf implantou 23 projetos de irrigação, compreendendo 110 mil hectares. Foram abertos canais para conduzir a água do rio São Francisco e construída toda a infra-estrutura necessária à produção. Investidores privados foram responsáveis pela irrigação de outros 220 mil hectares com capital próprio ou financiado.
O Vale do São Francisco possui 640 mil quilômetros quadrados, dos quais o potencial irrigável é estimado em 1,5 milhão de hectares. Ou seja, pouco mais de 20% do perímetro estão efetivamente irrigados.
A região do Vale do São Francisco tem terras férteis graças à inserção desses projetos irrigáveis. O clima seco, o alto índice de insolação durante a maior parte do ano, fundamental para a prevenção de pestes e fungos, e água de boa qualidade representam algumas características essenciais para a fruticultura.
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