Seminário

A tela do fuzilamento de 03 de maio nas montanhas do Príncipe Pio em Madri é uma das maiores conquistas da pintura espanhola, e provavelmente também um dos marcos da pintura mundial. A paixão intensa que inspirou a composição recebeu esta pintura de Goya era mais do que uma lembrança de um fato particular, e também muito mais do que apenas um discurso ou manifesto o fruto do fervor patriótico do autor. O pintor, liderado pela intensidade dramática dos acontecimentos que narra, sabia como expressar em toda sua violência, mas com extrema simplicidade e eficiência, a crueldade inexorável (muito severo; que não se deixa mover ou dobrar por súplicas) do homem ao homem, enquanto seu desejo exasperado (irritado ou importunado) e rebelde pela liberdade. Goya observava os episódios sangrentos e tomou notas na mesma noite em que ocorreram os fatos, daí o extraordinário realismo de suas pinturas e sua profunda sinceridade. Isto é testemunhado ao seu servo Isidro, que deixou para a posteridade uma narrativa curiosa de eventos, tanto emocional e vibrante, "A partir desta janela, meu senhor viu as filmagens com um telescópio na mão direita e uma espingarda carregada com um punhado bala do lado esquerdo. Se os franceses vêm para vir aqui, meu senhor e eu somos Daoiz outros e Velarde.” Isidro foi se aproximando da meia-noite e Goya pediu que ele pegasse a arme e o seguisse. A solução incorporada na presente pintura em tela traduz um drama real, ao que parece, na verdade, capturado diretamente da realidade. Contemplando a pintura é tão credível a história de Isidro, o servo. Goya provavelmente testemunhou os acontecimentos trágicos que pegou seus pincéis e tomou notas no mesmo palco onde o tiroteio ocorreu. Na tela, os soldados responsáveis pela implementação aparecem como autômatos sem rosto, e na formação perfeita e disciplinada. As vítimas, entretanto, são um grupo áspero e comovente, cujas faces