seminário vidas secas
Vidas Secas (1938) Graciliano Ramos, é um romance representativo da segunda fase do modernismo brasileiro. Um dos contextos históricos que pode ser frisado é a retratação da realidade brasileira, com enfoque na problemática nordestina (seca, miséria, exploração, coronelismo, cangaço e fanatismo religioso). Fica claro o engajamento do autor em denunciar as condições de miséria na qual se encontrava a grande maioria dos nordestinos.
Os abalos sofridos pelo povo brasileiro em torno dos acontecimentos de 1930, a crise econômica provocada pela queda da bolsa de valores de Nova Iorque, juntamente com a crise cafeeira e o acelerado declínio do nordeste também fazem parte do âmbito da narrativa. O cenário era de grandes tensões políticas, com Getúlio Vargas na presidência e constantes movimentos comunistas, dos quais o autor chegou a fazer parte.
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Enredo
O romance “Vidas Secas” narra o episódio de uma família de retirantes em busca de um lugar que lhes ofereça meios de melhorar suas condições de vida. Essa família é composta por Fabiano, homem humilde e trabalhador; Sinhá Vitória, esposa resignada e fiel; o Menino mais novo e o Menino mais velho, crianças inocentes, representantes do anonimato social ; além da cachorra Baleia, animal que se humaniza em relação à dura realidade por que passa Fabiano e sua família. Durante um longo percurso por um caminho que parece interminável, os personagens enfrentam atrocidades várias, entre as quais, a fome, a sede e a falta de um lugar onde pudessem se estabelecer. Depois de andarem muito, os retirantes encontram uma casa que parecia abandonada. Eles se aproximam e entram nela, mas logo chega o dono, para quem Fabiano, depois de oferecer seus préstimos , começa a trabalhar, sendo vítima da seca, sua maior