Seminário do alto da boa vista
INTRODUÇÃO
Dando continuidade à refexão sobre o processo de renovação do Serviço Social, este texto aborda a perspectiva da reatualização do conservadorismo e a perspectiva da intenção de ruptura com as formas tradicionais do Serviço Social. A obra em referência é a Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64, de José Paulo Netto. OS RUMOS DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRONA VIGÊNCIA DO REGIME MILITAR DE 1964
A crise da ditadura, depois de meados dos anos1970, contribuiu para que a perspectiva modernizadora do Serviço Social perdesse a sua hegemonia.O mesmo regime que moldou a perspectiva modernizadora,
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Fazia emergir posições contestadoras, criando “[...] um espaço onde se inscrevia a possibilidade de se gestarem alternativas às práticas e às concepções profissionais que ela demandava” (NETTO, 2006, p. 129).O autor distingue dois aspectos da perspectiva modernizadora. De um lado, “[...] seu conteúdo reformista (recorde-se que ela incorpora o vetor do reformismo próprio ao conservantismo burguês) [...]” não oi incorporado pelos assistentes sociais mais tradicionais. (NETTO, 2006, p. 156).
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De outro, “[...] seu traço conservador e sua colagem à ditadura incompatibilizaram-na com os segmentos profissionais críticos [...]” (NETTO,2006, p. 161). Isso resultou nas outras duas direções do processo de renovação do Serviço Social,discutidas por Netto (2006, p. 194): a perspectivada reatualização do conservadorismo e a perspectiva da intenção da ruptura.
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De fato, a ditadura não manteve a hegemonia da perspectiva modernizadora, visto que não agregou os assistentes sociais. Por outra parte, a perspectiva da reatualização do conservadorismo e a perspectiva da intenção de ruptura não conseguiram extinguir a perspectiva modernizadora. Nas palavras do autor, “[...] o que de ato se registra é o
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A primeira direção da renovação