Seminário de Economia - Rumos da inflação 2015
A economia tem como um de seus parâmetros a inflação, que é o aumento, progressivo ou não dos valores das mercadorias, gerando, dessa forma, a perda do valor real da moeda. Em uma economia estável esta mantém-se constante anualmente, chegando a aproximadamente 5%. Existem duas propostas para a origem da inflação em um país: Monetária, que consiste na alta circulação de moeda, e estrutural, que está diretamente ligada à infra-estrutura do país e os custos operacionais. No Brasil a origem estrutural é evidente. A má gerência dos recursos públicos e deficiências com a camada popular são alguns agravantes da inflação, que tem previsão de chegar a 7,15% no ano de 2015. Nesse trabalho acadêmico serão apontados pontos-chaves de entendimento do cenário no qual se encontra o Brasil. Crises em grandes empresas nacionais, escândalos políticos, greves em sistemas operacionais tornam a situação alarmante. Será traçado um paralelo com a história econômica brasileira, passando por fases de alto descontrole inflacionário, até o controle com a implantação do plano Real. Todas as conseqüências serão expostas para que assim compreenda-se o que é a economia brasileira e seu custo para aqueles que nela são inseridos.
1.1. DÉCADA DE 90 E A HIPERINFLAÇÃO / PLANO REAL No ano de 1994, o Brasil, assolado por diversos planos econômicos fracassados (sete, no total, e com dez moedas diferentes) que tentavam desde 1986 equilibrar sua economia, que era bombardeada por níveis inflacionários que chegavam a 2.477% ao ano (1993). O ultimo e traumatizante plano, de Fernando Collor de Melo, havia confiscado as poupanças brasileiras e congelado os preços na tentativa do controle econômico. Com o impeachment de Collor, assume Itamar Franco, que convoca para ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso. FHC, aliado de economistas da PUC Rio de Janeiro, deram o formato econômico que daria fim a desestabilidade econômica brasileira: o Plano Real. Tal medida estruturou-se em três