Seminario " Amor e Perdição "
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A narrativa desenvolve-se em terceira pessoa, com um narrador-onisciente que ora também se mostra apenas observador — quando afirma Ter tido notícias dos fatos narrados através das cartas de Simão e Teresa, as quais ele transcreve ao longo do livro. A verossimilhança da narrativa é, assim, obtida por meio da inclusão desses documentos probatórios dos fatos: as cartas, que os marujos do trágico navio recolheram junto aos corpos de Simão e Mariana.
É nítida a opção do narrador — que ao final da narrativa se confessa sobrinho de Simão Botelho por parte de pai — pela prevalência do amor sobre a valorização dos bens materiais e apegos à tradição familiar: seus comentários a respeito dos sentimentos das personagens comprova essa posição.
O espaço
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Assim, o cenário (espaço) não é muito extenso. Tudo tem início na provinciana cidade portuguesa de Viseu: ocorre a ida de Simão para a Cadeia da Relação, no Porto. Mais tarde, na mesma cidade do Porto, Simão é embarcado para cumprir sua pena nas Índias. Tal não ocorre: ele falece embarcado.
O tempo
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O tempo acompanha o ritmo da narração: rápido a princípio, torna-se cada vez mais lento, até abranger o “tempo interior” das personagens, através de seus pensamentos. O conflito amoroso vivido por Simão e Teresa pode ser observado em dois planos temporais, o cronológico e o psicológico. O amor entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque transcorre no período de sete anos. Isto marca o tempo cronológico.O tempo psicológico remete à duração da angústia dos amantes, ultrapassando o “chronos”.