Semin Rio IAU
Nesse momento do texto, se faz o estudo histórico das escolas e mostra o significado de conceitos como cultura escolar e cultura material escolar.
A escola era entendida no século 19, como a ação educativa de um professor (mestre) com o uso de materiais específicos (papel, lousa, livro), em um espaço não qualificado para o ensino. A escola confundia-se com a casa do professor, que era contratado por famílias, Estado ou autarquias.
Só muito lentamente foi designado um edifício construído para o ensino, com o surgimento da lei:
Carta de Providência do Rei Luiz I, 1866: lei que define a obediência ao espaço para o ensino (testamento do Conde de Ferreira).
Esse espaço deveria ser um edifício obedecendo a regras próprias de higiene e salubridade, seria um local onde se estabeleceriam relações de comunicação e organizado para a aprendizagem.
Na década de 90 de novecentos se começou a debater o significado desse espaço organizado para a aprendizagem e ao fazê-lo, os historiadores questionavam a homogeneidade expressa pelo termo escola e propõem que se dê atenção a heterogeneidade das escolas, que se estude a “cultura escolar”
Se considera cultura escolar o estudo da escola como organização, que segue normas, mas também as institui e reformula, e tem a sala de aula, como centro do quotidiano de professores e alunos.
Dominique Julia, um dos primeiros autores a definir cultura escolar como objeto histórico.
Nóvoa propôs que estudo da História da Educação se poderia articular segundo quatro vetores principais: os atores, os discursos e linguagens, as instituições e sistemas e as práticas.
Rogério Fernandes, ao tratar da história da infância, considera ainda outras dimensões da Historia da Educação:
a) As categorias psicobiológicas e sócio-históricas;
b) As questões de gênero, etnia, classe social, capacidades sensório-intelectuais;
c) A análise de manifestação de poderes desiguais na educação;
Agustín