O mundo passa por uma serie de transformações culturais durante o inicio do século XX. Expressionismo. Cubismo. Futurismo. Os movimentos artísticos de vanguarda conquistam a Europa, e começa a ser divulgado no Brasil. Os primeiros ecos da arte moderna chegam com as exposições de Lasar Seggal em 1913, e de Anita Malfati de 1917, ambas incompreendidas pelo publico e pela critica. Um artigo do escritor Monteiro Lobato arrasa a pintura de tal forma, que vários de seus quadros já vendidos, são devolvidos. O impacto causado pelo modernismo pode ser explicado pela sua oposiçao aos padrões clássicos acadêmicos de se fazer arte. Para reagir ao que chamavam de PASSADISMO, o jornalista Oswald de Andrade, reúne artistas e intelectuais da época, e organizam em 1922 a Semana de Arte Moderna. O Teatro Municipal de São Paulo, é o palco dos acontecimentos, durante três dias, poesia, pintura, escultura e musica, chocam a tradicional sociedade paulista. Artistas como Di Cavalcante, Anita Malfatti, e o escultor Victor Brecheret, expõe suas obras na galeria do teatro, enquanto Oswald e Mário de Andrade, são vaiados em cena, após uma palestra do escrito Menotti Del Picchia. Nem o já famoso compositor Heitor Villa-Lobos, trajando fraque e chinelos, escapa da furiosa plateia, que mistura aplauso e vaias em sua apresentação. A polemica esta criada. A semana entretanto não é o auge, mais o ponto de partida do Modernismo Brasileiro, que logo passa a constar com a colaboração marcante da pintora Tarsila do Amaral. Só a antropofagia nos une, socialmente, economicamente e filosoficamente, o manifesto antropoflagico de Oswald de Andrade, é possivelmente o desdobramento mais interessante do Modernismo, ao propor que a nossa cultura, devore criticamente as influencias externas e redescubra a realidade brasileira. O país já não é mais o mesmo.