Semana de arte moderna
É importante nos atermos ao adjetivo “moderno”, o qual denota inovação, ruptura com moldes antes experimentados.
Restringindo-se ainda mais à concepção da palavra, o movimento denominado semana de Arte Moderna foi o período que sucedeu à estética literária conceituada como pré-modernismo, cujo título significava o verdadeiro repudio à imitação americana e europeia advinda da Belle Époque, ao sentimentalismo exacerbado pregado pelos poetas da era romântica, ao apego no que se refere ao formalismo sintático da linguagem, tanto cultuado pelos parnasianos.
Implantou-se assim uma linguagem mais espontânea, voltada para a informalidade e até mesmo para acrítica e a ironia, como é o caso dos poemas-piada, bastante explorados pelos autores que compuseram a primeira geração moderna.
O referido período teve seu ápice com a publicação do romance Canaã, de Graça Aranha; Os Sertões, de Euclides da Cunha e Urupês, de Monteiro Lobato.
Os autores acima mencionados implantaram uma literatura que denunciava as “mazelas” existentes aqui no Brasil, pois optaram por descortinar o academicismo, o sentimentalismo exacerbado e a exaltação promovida pela classe burguesa.
Tinham por objetivo revelar a triste realidade do sertão nordestino, dos subúrbios cariocas e a tirania dos políticos ineficazes que comandavam o país daquela época.
Em 1.922, o Brasil comemorava o centenário de sua independência, e, justamente entre os dias 13, 15 e 17 de fevereiro do referido ano, aconteceu no Teatro Municipal, em São Paulo, a Semana de Arte Moderna.
Participaram da mesma vários artistas, tais como escritores, entre eles estavam: Graça Aranha, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, entre outros. Nas artes plásticas destacaram-se:Anita Malfatti, Emiliano Di Cavalcanti, e na música, o magnífico Heitor Villa – Lobos, Paulina d’ Ambrósio, além de solos de piano, coros, etc.
Mediante o que foi