Semana da Arte Moderna
Diante de tantos acontecimentos que ocorreram em 1922, como a primeira revolta tenentista e a formação do PCB, a população também assistiu uma importante ruptura cultural, a Semana da Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo. Ela reuniu grandes nomes da literatura, da música, da pintura, dentre outros, que são reconhecidos nacionalmente e mundialmente até os dias de hoje. Além disso, influenciou grandes artistas e escritores das décadas de 30, 40 e 50.
Desenvolvimento
Uma simples inspeção dos números mostra que o Modernismo se vincula estreitamente a certas transformações das sociedades, determinadas em geral por fenômenos exteriores, que vêm repercutir aqui. 1922 é um ano simbólico do Brasil moderno, coincidindo com o Centenário da independência. A Guerra Mundial de 1914-1918 influiu no crescimento da nossa indústria e no conjunto da economia, assim como nos costumes e nas relações políticas. Não apenas surge uma mentalidade renovadora na educação e nas artes, como se principia a questionar seriamente a legitimidade do sistema político, dominado pela oligarquia rural. Torna-se visível, principalmente nos Estados do Sul, que dominavam a vida econômica e política, a influência da grande leva de imigrantes, que fornecem a mão de obra e quadros técnicos depois de 1890, trazendo elementos novos ao panorama material e espiritual.
Em 1922, irrompe a transformação literária [com a Semana da Arte Moderna], ocorre o primeiro dos levantes político-militares que acabariam por triunfar com a Revolução de Outubro de 1930, funda-se o Partido Comunista Brasileiro, etapa significativa da política de massas, que se esboçava e que avultaria cada vez mais.
Semana da Arte Moderna
Com exposições de pinturas e esculturas e apresentações literárias e musicais, a Semana de 22 arrancou muitas vaias do público e provocou críticas negativas na imprensa. Os modernistas conseguiram o que queriam: chocar o público e questionar as estruturas do gosto burguês. Alguns de seus