Sem trabalho
Dada a situação, vejo a importância de oferecer um suporte e acolhimento a ele neste primeiro momento, pensando que esta seria uma reação esperada para dado diagnóstico. Quanto à solicitação de orientações de alguém mais velho, poderia assegurar-lhe que como profissional da área da saúde eu estaria apta para orientá-lo sobre qualquer questão referente à minha formação e caso não o pudesse fazê-lo iria busca as informações necessárias para ajuda-lo. Também iria orientá-lo para que o mesmo procurasse uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para refazer o teste a fim de confirmar os resultados.
Resumo do capítulo: Saúde mental ou doença mental: a questão da normalidade
O conceito de normal e patológico é extremamente relativo. Do ponto de vista cultural, o que numa sociedade é considerado normal, adequado, aceito ou mesmo valorizado, em outra sociedade ou em outro momento histórico pode ser considerado anormal, desviante ou patológico. Segundo Michel Foucault “A doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal”.
Essa teoria se dá muito visivelmente quando comparamos os dados históricos, existem arquivos da década de 50 que, por exemplo, mostram dados de mulheres internadas em hospitais psiquiátricos por apresentarem comportamento sexual considerado avançado para a época, como não preservar a virgindade até o casamento. Atualmente, uma jovem que tiver relações sexuais antes do casamento, muito dificilmente será considerada louca ou será internada em um hospital psiquiátrico. Pensando dessa forma, pode-se dizer que a doença mental é uma construção da sociedade, isto é, que a doença mental não existe em si, mas construída, uma representação para dar conta de diferenciar, isolar determinada ordem de fenômeno que questiona a universalidade da razão.
Embora a Psiquiatria social ou a Psiquiatria alternativa questionem as abordagens clássicas da