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LORIANE RITA KONKEWICZ
INTRODUÇÃO
A prática da odontologia abrange uma grande variedade de procedimentos, que podem incluir desde um simples exame até uma cirurgia mais complexa. Estes procedimentos geralmente implicam em contato com secreções da cavidade oral, algumas vezes representados simplesmente pelo contato com saliva, outras vezes pelo contato com sangue, secreções orais, secreções respiratórias e aerossóis. Isto tudo acaba resultando em possibilidade de transmissão de infecções, tanto de paciente para paciente, como dos profissionais para pacientes ou dos pacientes para os profissionais.
Uma grande preocupação com o risco de transmissão de HBV e HIV entre pacientes e profissionais na prática odontológica tem sido encontrada (1-7). Apesar desta possibilidade de transmissão ser considerada baixa (6-8), alguns relatos de transmissão de HIV e HBV de pacientes para profissionais e profissionais para pacientes tem sido publicados sem, entretanto, identificar claramente as vias de contágio (9, 10). Os acidentes punctórios permanecem, ainda, como os maiores riscos de transmissão de HBV e HIV para os profissionais de saúde em geral e profissionais da odontologia em particular, através do contato com sangue (11-14). Em virtude de que nem todos os pacientes portadores de HIV, HBV, ou outros patógenos importantes, possam ser identificados previamente à realização de um procedimento invasivo, é recomendado que todos os pacientes, indiscriminadamente, sejam considerados potencialmente contaminados e que, consequentemente, precauções padronizadas sejam utilizadas em todos os procedimentos, com todos os pacientes (15).
Efetivas medidas de controle de infecção visam quebrar ou minimizar o risco de transmissão de infecções na prática da odontologia. Várias revisões sobre o assunto e recomendações de consenso, em diferentes países e estados do Brasil, tem sido publicadas no sentido de orientar os profissionais nessa prática (16-25).