Seleção de metodologias para detecção de listeria monocytogenes em alimentos
Seleção de metodologias para detecção de Listeria monocytogenes em alimentos
5.1 Listeria spp.
Listeria monocytogenes é conhecida desde o início do século XX, mas sua identificação definitiva como espécie bacteriana foi feita somente em 1940. O nome Listeria é derivado do nome Lorde Joseph Lister, cirurgião inglês e o nome monocytogenes, da observação inicial sobre a capacidade da bactéria em causar monocitose em coelhos. Com relação à doença em humanos, o nome monocytogenes não é apropriado, uma vez que as infecções humanas não são caracterizadas pela ocorrência de monocitose. O estudo de L. monocytogenes tem interesse multifacetário e como esta é uma bactéria patogênica veiculada por alimentos, tem sido motivo de grande interesse para os microbiologistas da área (TRABULSI; ALTERTHUM, 2004). Até 1961, L. monocytogenes era a única espécie reconhecida do gênero Listeria mas, atualmente, são consideradas seis espécies: L. monocytogenes, L. innocua, L. welshimeri, L. seeligeri, L. grayi e L. ivanovii (CRUZ; MARTINEZ; DESTRO, 2008). De acordo com Santos (2003), apenas as espécies hemolíticas são patogênicas, e dentre estas,
L. monocytogenes assume papel de importância como um perigo potencial para animais e humanos. Além disso, a capacidade de produzir hemolisina e de não produzir ácido a partir de D-xilose são fortes elementos para diferenciar L. monocytogenes de espécies de Listeria avirulentas.
5.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DE Listeria spp.
Espécies do gênero Listeria são bactérias Gram positivas, apresentando-se na forma de cocobacilos, medem de 0,4 a 0,5 µm de diâmetro e 0,5 a 2,0 µm de comprimento; não formadora de cápsula e esporos; anaeróbia facultativa; psicrotrófica e produtora de flagelos peritríquios a 25ºC. Crescem em uma faixa de pH entre seis e oito, com pH ótimo de crescimento igual a sete (ABRAHÃO, 2005; DE NES, 2008). Podem ocorrer isoladamente em cadeias curtas ou em arranjos em ângulos em forma de “V” entre