Sei lá
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O primeiro relato de um transplante de órgão data do século II A.C. na Índia. Desde essa época já se transplantava pele de uma região do corpo para outra como tratamento de queimaduras e feridas graves.
Porém, o transplante de órgãos entre indivíduos diferentes só foi possível a partir do século XX. Depois de séculos de fracassos, o primeiro transplante de sucesso ocorreu em 1954 nos E.U.A. Foi um transplante renal realizado entre 2 irmãos gêmeos idênticos.
Nesta época já se sabia que o sistema imune impedia a troca de órgãos entre seres, e a inexistência de protocolos de drogas imunossupressoras limitava os transplante à aqueles que possuíam irmãos gêmeos. Como se sabe, gêmeos idênticos são geneticamente iguais, assim como um clone.
Na mesma década de 1950, duas novas drogas imunossupressoras foram descobertas. Os corticóides (cortisona) e a azatioprina passaram a ser usadas, abrindo espaço para a evolução do transplante entre indivíduos diferentes.
Como ocorre a rejeição?
O transplante de órgãos é talvez o procedimento mais “anti-natural” da medicina. Se há algo que a natureza não está preparada é para a troca de órgãos entre seres. Na verdade, milhões de anos de evolução jogam contra esse procedimento. Todos os seres que vivem no planeta, só estão vivos pelo fato de seus organismos terem aprendido a reconhecer e a combater células e moléculas estranhas que invadam nosso organismo. O corpo humano (e o de milhares de outras espécies) aprendeu que tudo que vem de fora é potencialmente fatal e deve ser combatido. E isso foi verdade até o momento em que o homem resolveu transplantar órgãos.
Nosso sistema imune é programado, desde a época embrionária, para diferenciar os genes de nossas células dos genes de organismos invasores. O nosso corpo não sabe distinguir o que é perigoso do que benéfico, por isso, se comporta da mesma maneira com um órgão