SEGURANÇA

No final do séc. XIX ocorreram no Brasil várias transformações de ordem política, econômica, social e cultural. Dentre essas transformações podemos citar a abolição da escravatura (1888), a Questão Militar, A Questão Religiosa, as Rebeliões Escravas e os Movimentos republicanos. A confluência desses processos históricos associados à conjuntura internacional abalou os alicerces do Sistema Imperial Brasileiro, levando a proclamação da República em 1889. O séc. XIX no Brasil é marcado por várias rebeliões escravas que provocaram profundos desgastes no sistema produtivo baseado na escravatura. Além disso, nesse período a Inglaterra já vivenciava o processo de Revolução Industrial, dessa forma, passou a pressionar o governo de D. Pedro II para que fosse decretado no Brasil o fim da escravidão. Os ingleses pretendiam ampliar o seu mercado consumidor e o trabalho escravo era um obstáculo para a realização dessa meta, já que somente o trabalhador assalariado teria condições de cosumir os produtos manufaturados ingleses. Assim sendo, o Governo Imperial pressionado pelos “rebeldes escravos”, pelo movimento abolicionista – que demostrava para a sociedade as mazelas da escravidão- e pela Inglaterra, resolveu em 1888 decretar a lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, que aboliu a escravidão. Contudo, essa medida desagradou os cafeicultores, sobretudo, os do Vale da Paraíba, que utilizavam a mão de obra escrava. Por conseguinte, o Regime Imperial perdeu um importante apoio político.
Outro processo histórico que levou ao desgaste do Império foi a Questão Militar. Segundo Boris Fausto, o exército brasileiro se fortaleceu depois do êxito obtido na Guerra do Paraguai. Essa instituição que era influenciada pela filosofia positivista passou a fazer oposição ao Império, que comumente se intrometia nos assuntos internos da corporação.
Já a Questão Religiosa foi um conflito de interesses entre o Império e o Papa. Uma determinação Papal impediu que os maçons participassem das