Segurança e saúde no trabalho
Os arautos da “Nova Economia” cometeram pelo menos dois erros ao anunciar o que vislumbravam como o admirável mundo novo da era pós-industrial. O primeiro, ao perceber a Nova Economia apenas como sinônimo da Internet. O segundo, ao considerarem a “Nova” e a “Velha” Economia antagônicas. Na prática, a Nova Economia é muito mais que a Internet. O continente que se descortina no horizonte corporativo é uma nova ordem competitiva resultante de um conjunto de circunstâncias que estão ocorrendo ao mesmo tempo. As empresas precisam competir em um cenário globalizado que está turbinado pela revolução digital e pelas exigências de uma sociedade de serviços que não aceita mais consumir apenas um produto tangível para atender às suas necessidades. Exige agora também um pacote de conveniências.
E, em última análise, está comprando também, o significado simbólico de produtos e serviços que permitam vivenciar experiências. Isso para não falar de outra revolução, silenciosa, tão importante quanto a mudança na postura dos clientes: a alteração substancial na forma como se trabalha em uma empresa, com base em regras impostas pela temporada de caça talentos – os trabalhos de conhecimento que substituem a antiga “mão-de-obra” em quase todos os negócios. Ou seja, a Internet representa apenas cerca de 20% a 30% dessa nova ordem competitiva - expressão mais adequada para refletir essa realidade do mundo corporativo do que os já desgastados rótulos de “nova ordem econômica”, ou “nova economia”.
Em vez de antagônicas, como os mais precipitados quiseram nos fazer acreditar, a Nova e a Velha Economia são complementares. A palavra-chave da nova ordem competitiva será convergência, da mesma forma que “especialização” foi a que melhor caracterizou a Era Industrial. As empresas vencedoras nessa nova ordem competitiva serão as que souberem fazer convergir o que a Era Industrial tentou separar: tecnologia e