Segurança e defesa

ORDEM MUNDIAL
O mundo atualmente vive desafios mais complexos do que os enfrentados no período de confronto ideológico bipolar, entre EUA e URSS. O fim da guerra fria levou a uma diminuição da previsibilidade das relações internacionais. O surgimento da nova ordem unipolar liderada pelos EUA coloca o fim nas guerras ideológicas, mas não põe fim a diversos conflitos por diferentes interesses.

No mundo contemporâneo, é pouco provável que ocorra um conflito generalizado entre estados. Porém, renovam-se conflitos de caráter étnico e religioso, levando a uma exacerbação dos nacionalismos e fragmentam-se os Estados, situações essas que afetam a ordem mundial.

Nenhum país está livre de ameaças, ainda que, muitas vezes, se manifestem de forma difusa. Diante das incertezas que o mundo vive atualmente, o custo do não engajamento do Brasil na nova ordem internacional pode ser muito maior que o ônus imediato, que é o investimento na capacitação, no preparo e no desenvolvimento de meios necessários ao exercício da soberania.

A globalização, caracterizada pela interdependência crescente dos países, pela revolução tecnológica e pela expansão do comércio internacional e dos fluxos de capitais, resultou em avanços para uma parcela da humanidade. Além disso, ela permitiu a redução da capacidade dos países exercerem controle sobre sua cadeia de suprimento, tornando-os mais interdependentes, reduzindo a possibilidade de conflitos entre estados, particularmente os relacionados às conquistas territoriais, que trazem problemas insolúveis à potência ocupante.

No atual ambiente globalizado, as economias nacionais tornaram-se mais vulneráveis as crises, ocasionadas pela instabilidade econômica e financeira em todo o mundo. Paralelo a isso, a criação de blocos econômicos tem estimulado a concorrência entre grupos de países, no qual países como o Brasil tem o desafio de uma inserção positiva no mercado mundial, ao mesmo tempo em que promovem o crescimento e a justiça social de