Segurança Pública

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Segurança Pública: do jeito que está, não pode ficar ! Mais uma vez, deparamos no Brasil com a inquietante questão do alto número de homicídios e o aumento generalizado da criminalidade. Não faltarão as opiniões e propostas simplistas de solução do problema e de forma rápida.
Também não faltarão aqueles que tentarão minimizar os números agora apresentados ou mesmo desqualificá-los. Devido à dificuldade estrutural das redes de registro de ocorrências das Polícias e Secretarias Estaduais, podemos até concordar que o número de crimes pode ser bem mais alto e preocupante.
Não podemos aceitar o debate superficial por parte dos setores que compõem essa rede, cuja maioria se mostra conivente com a abordagem amadora da questão. Cabe ao Governo Federal e aos Governos Estaduais aceitarem o desafio e abrirem a discussão nacional em busca de novos marcos para a segurança pública, onde não podem deixar de participar os demais poderes.
As Entidades de classe dos profissionais da segurança pública são importantes nesse processo devido ao contato direto com boa parte do problema, assim como, são essenciais na facilitação interna para a adoção de mudanças comportamentais dos seus agentes.
Entendemos que a vigorar o atual modelo organizacional e de gestão das polícias brasileiras, estaremos caminhando a passos largos para a consolidação de uma sociedade sem rumos, sem ordem e sem progresso. Não podemos mais ignorar que o atual sistema jurídico-penal brasileiro está falido e que uma mudança profunda deve começar imediatamente.
O Executivo e os demais poderes não podem se prestar a criar comissões e empurrar para a posteridade eventuais conclusões e ações. A economia do país não suporta o foco ser somente sobre a criação de mais cargos policiais e a compra de mais viaturas. Por que não discutirmos adequarmos o número de policiais, mas com melhores salários?
Não há mais como continuarmos com órgãos de segurança e justiça fragmentados e