Segurança do trabalho
A Psicologia e suas intervenções na relação do homem com o trabalho:
A Psicologia tem por objeto, o estudo do comportamento humano. Como área de conhecimento, que tem suas raízes tanto na Filosofia quanto nas Ciências Biológicas, subdivide-se em diferentes campos de estudo e aplicação prática, comportando abordagens teóricas distintas, cada uma das quais representa "um olhar" e "uma leitura" sobre os indivíduos (concepções diferentes do mesmo fenômeno e de suas determinações). Como campo de aplicação prática, encontramos, dentre outras, a psicologia do trabalho. Esta área tem por objetivo realizar estudos, visando não só compreender como intervir, em questões referentes à relação que o homem estabelece com sua atividade produtiva. Analisando a aplicação da psicologia aos interesses de produção dominante, o berço dos principais incrementos às ciências do comportamento foi a América, espaço cultural que em paralelo era dominado pela bíblia do taylorismo, onde os métodos de racionalização do trabalho preconizavam o máximo de resultado com o menor esforço, disseminando a crença na verdade sobre o homem econômico, pensamento marcante no início deste século. O Movimento das Relações Humanas, seus estudos sobre motivação e a importância dos valores afetivos intra-grupos, onde a meta passou a ser a produtividade, e a questão passava a ser, então, propiciar um ambiente saudável para o homem trabalhar feliz. Teorias vinculadas a este movimento evidenciam apenas um dos pólos da relação de trabalho, deixando de lado a análise da própria relação. Com isso, "apesar da mudança de enfoque da tarefa para o homem, o propósito continuava sendo a reprodução da ideologia maior, ainda buscando-se a produtividade ótima preconizada por Taylor”. (Silva, 1986, p. 16 e p.18). Abordando estas questões e analisando criticamente o emprego dos conhecimentos psicológicos, e a conseqüente forma de atuação, utilizados por grande parte não só dos profissionais da área de