seguranca publica
Ao travar contato com essas histórias de vida no campo de estágio, durante a preparação dos prontuários, nós, estudantes do curso de Serviço Social e estagiários do Programa, observamos a fonte para pesquisas e estudos nesta área, pensamos em fazer um resumo de casos de alguns prontuários, sistematizando essa prática, partindo do princípio, conforme Marinho (2012:56) afirma, de que no momento em que a memória é revelada, com informações contidas nos prontuários, o indivíduo começa a entender o porquê de sua institucionalização.
O período escolhido foi de 1975/1989 quando a Fundação Estadual de Educação do Menor – FEEM iniciou sua atuação, e véspera de quando o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA passou a ser efetivado. A apreciação e resumo se basearam em pesquisa de 36 prontuários. Na apreciação dos casos avaliados, passamos a perceber, como e por que razão e motivo, da entrada do(s) “menor (es)” na instituição, como se deu a saída, além do resumo da situação socioeconômica e habitacional de cada família pesquisada.
A pesquisa teórica/bibliográfica/documental objeto da análise neste trabalho de conclusão de curso, se baseou em primeiro lugar, no conhecimento do material que compõe o acervo do Programa Arquivo História Viva da Instituição Fundação para a Infância e Adolescência – FIA. O tema, escolhido através das experiências enriquecedoras vivenciadas no campo de estágio, nos proporcionou conhecer uma realidade e sobre ela refletir, buscando compreender como a institucionalização afetou e ainda afeta a vida dos egressos das instituições criadas como o Serviço de Assistência ao Menor - SAM, a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor – FUNABEM, as FEBEM’s e a FEEM. Manuseando os documentos centralizados nos prontuários recuperados, com o intuito de promover o resgate da história de vida dessa população, percebemos e sinalizamos, no presente trabalho, como a política de atendimento aos “menores” se desenvolveu até o advento do ECA,