Segundo reinado
Depois que D. Pedro assumiu o trono, em 1840, deixou os partidos alternando entre liberais e conservadores durante 49 anos, o que se agravou ainda mais com a instalação do Parlamentarismo.
Ainda assim, o conservadorismo do imperador tornou-se evidente com algumas medidas por ele adotadas, tais como: A reforma do código do processo criminal, a restauração do conselho de estado e a interpretação do ato adicional. Sob alegação de que teria havido irregularidades nas eleições de 1840, D. Pedro decidiu dissolver a Câmara dos deputados, composta, em sua maioria, por liberais. Estes, insatisfeitos, iniciaram uma onda de Revoltas Liberais (1842) em Minas Gerais e São Paulo, com o objetivo de reconduzi-los ao poder contra os conservadores. Um grupo de conservadores em especial, que defendia um projeto regressista (restabelecimento da centralização política do Império nos moldes da Constituição de 1824) e acreditava no poder moderador como a melhor forma de conduzir o processo de consolidação do estado brasileiro, os saquaremas, foi o principal alvo dessas revoltas. As tropas imperiais derrotaram rapidamente os rebeldes de São Paulo, encontrando maior dificuldade em Minas Gerais. O sistema parlamentarista brasileiro era considerado um ‘’parlamentarismo às avessas’’, pois o imperador acumulava os papéis de chefe de Estado e chefe do Governo. Ainda assim, em 1848, foi criado o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, nomeado pelo Imperador. Entre 1848 e 1850 houve, em Pernambuco, a revolta Praieira, quando membros das elites tradicionais (setores agrários e mercantis) passaram a se contrapor aos grupos que fizeram fortuna na primeira metade do século XIX. Os adeptos acabam por fundar o Partido Nacional de Pernambuco e ficar conhecidos como praieiros. Com as tensões sociais, as camadas marginalizadas juntaram-se a eles. Este grupo defendia propostas que atendiam as elites nordestinas e as de alguns segmentos