segunda época medieval humanismo
Por definição, novelas de cavalaria são narrativas literárias em capítulos que contam os grandes feitos de um herói, mesclados a emocionantes histórias de amor. Nestas histórias de amor, ao contrário do que se relatava nas cantigas, o herói não se contenta somente em ver e contemplar a amada, mas exige ser correspondido e concretizar este amor. Aborda também o chamado “Amor Cortês”, que retrata histórias de amor proibidas, nas quais o casal não tem final feliz e é severamente punido pelo pecado cometido.
As novelas de cavalaria eram tipicamente medievais, histórias com temas guerreiros, e chegaram a Portugal no séc. XIII, circulando entre os fidalgos e a realeza. Eram traduzidas do francês, e portanto, naturalmente modificadas para adequá-las à realidade histórica e cultural de Portugal. A princípio, portanto, não havia novelas de cavalaria que fossem autenticamente portuguesas, todas tinham heranças do francês. Dentre as novelas mais marcantes estão: “A demanda do Santo Graal” e “Amadis de Gaula”.
A matéria destas novelas foi, convencionalmente, dividida em três ciclos:
1. O ciclo bretão ou arturiano: tinha como figuras centrais o Rei Artur e seus cavaleiros da távola redonda.
2. O ciclo carolíngio: histórias giravam em torno de Carlos Magno e dos doze pares de França.
3. O ciclo clássico: as novelas abordavam temas Greco-latinos.
Quanto à literatura portuguesa, porém, esta organização não tem fundamento, pois só o ciclo arturiano teve maior representatividade em Portugal. Não se conhece, na língua portuguesa, nenhuma novela que