Segunda e Terceira meditação de Descartes

1ª) A partir do exemplo da cera na segunda meditação, explique qual o papel do espírito e dos sentidos no conhecimento ?
Ao utilizar o exemplo da cera, Descartes demonstra que o homem está sujeito ao erro ao guiar-se pela res extensa (sentidos). Como no exemplo da cera, ao aproximarmos a mesma do fogo, ela se modificará em todas as suas apreensões sensíveis, mas mesmo assim a identificamos. Não fazemos isso pela aparência do corpo ou pela nossa capacidade de imaginar, e pela extensão, pois a cera pode assumir infinitas formas além de nossa imaginação. É pelo entendimento, que capturamos dessa maneira, a essência da cera. Julgar que a cera existe pelo fato de ser observada por ele próprio, eis que esse também existe por observar a cera. Descartes conclui que a coisa só é compreendida pelo intelecto. Ou seja: o pensamento, e não pela simples questão de ver o corpo material, ou imaginar. Sendo assim a dúvida metódica seria justamente para evitar meras afirmações sensíveis de nossa parte, mas sim testar a veracidade da coisa material. Se incerto, colocaria como duvidoso, caso fosse duvidoso, seria descartado. Dessa maneira algo, para ser levado como verdade, deve passar pelo crivo da dúvida, deve-se fazer um adendo: Essa dúvida não é vulgar, não é feita meramente para questionar, mas sim para chegar-se a uma verdade.
“Penso, logo existo, se existo é por que eu penso”. Dessa maneira não se poderia duvidar de tudo, visto que se você pensa que não existe, você logo existe por está exercendo o pensamento”. A dúvida nesse caso não seria aplicável por questão lógica e racional.

2ª) A partir da terceira meditação, qual é o papel de Deus no sistema cartesiano?
Deus assume um papel fundamental no sistema cartesiano, porque vai garantir a verdade das ideias inatas do critério de verdade. Deus é garantia da validade das evidências e da objetividade do conhecimento. Descartes torna necessária a prova da existência de Deus (como ser perfeito), este sim que garante o