Segunda guerra mundial
O principal instrumento criado pela Conferência de Paris de 1919 para garantir a paz mundial foi a Sociedade das Nações, que nasceu de uma proposta original do presidente norte-americano Woodrow Wilson. O principal objetivo da organização consistia em resolver os desentendimentos entre as potências por meio de negociações, de modo a evitar conflitos armados. Entretanto, a Sociedade das Nações não tinha como intervir em caso de confronto ou de agressão militar entre os países, o que era preocupante, pois o clima de tensão não havia desaparecido com o fim da Primeira Guerra Mundial.
Razões para novos conflitos não faltavam. O Tratado de Versalhes, por exemplo, ao ferir o orgulho nacional dos alemães, semeou ressentimentos que acabaram sendo canalizados pelo nazismo para uma nova guerra. Ao mesmo tempo, a Itália e o Japão também estavam insatisfeitos com o tratado, por não conseguirem ampliar seus domínios territoriais. Nessas circunstâncias, os governos ultranacionalistas desses três países pareciam na iminência de se lançar a uma nova guerra mundial.
1. A ECLOSÃO DA GUERRA
Os problemas internacionais começaram já em 1931, ano em que o Japão invadiu e anexou a Manchúria, região pertencente à China. A agressão foi recebida com protestos pela Sociedade das Nações, mas nada se fez de concreto para obrigar o Japão a devolver o território ocupado aos chineses. Isso criou um precedente que logo seria seguido pela Alemanha e pela Itália.
Em 1933, a Alemanha rompeu com a Sociedade das Nações. Dois anos depois, o governo de Hitler reiniciou a produção de armamentos e passou a aumentar seus efetivos militares, num claro desafio ao Tratado de Versalhes. Também em 1935, a Itália de Mussolini invadiu e anexou a Etiópia. Hitler, por sua vez, deu início ao rearmamento da Renânia (zona de fronteira com a França), num novo desafio ao acordo de paz de 1919, que havia determinado a desmilitarização da região.
Hitler e Mussolini testavam, assim, a