Segregação Urbana e Desigualdade

Referência: Villaça. F. São Paulo. Segregação Urbana e Desigualdade. Revista Estudos Avançados. Volume 25. Nº 71. Jan/Abril 2011. PP. 37 à 58.

Fichamento

Segundo o autor Flávio Villaça, o maior problema do Brasil não é a pobreza, mas a desigualdade e a injustiça a ela associada; desigualdade econômica e desigualdade de poder político e a segregação residencial e a segregação dos locais de emprego.
Nas imagens do texto explica bem essa desigualdade, lugares com nenhuma vulnerabilidade social, menor número de pessoas negras, melhores lugares para se freqüentar, por incrível que pareça mudança climática (por ser mais arborizados e ter mais áreas verdes), maior índice no IDH (índice de desenvolvimento humano) do município, maiores rendas médias familiares, e zonas exclusivamente residências unifamíliares, tudo se concentra na região Sudoeste.
Outro tema que ele aborda é o sistema viário e de transportes que, sempre privilegiaram os mais ricos, e eles não necessitam tanto quanto os pobres, os tempos gastos nos deslocamentos são totalmente diferentes, os ricos geralmente moram perto de seu trabalho priorizando sempre a otimização dos seus tempos de deslocamento, e os pobres pra variar não, o tempo gasto é bem maior para chegar ao trabalho, e a quantidade de pobres trabalhando é bem maior, pois o número de adolescentes e pessoas que trabalham é maior que nas famílias ricas.
A segregação cria um ônus excepcional para os mais pobres e uma excepcional vantagem para os mais ricos, e ao contrario do que se pensa, o tempo e o espaço urbano não são obras da natureza e sim produtos do trabalho humano.