SEGMENTO MAQUIAGEM
Apesar de sermos o terceiro maior mercado global de beleza e higiene pessoal, quando o assunto é maquiagem, apenas metade das mulheres brasileiras a usam diariamente. Para capturar todo o potencial da categoria, o mercado oferece cada vez mais opções, marcas nacionais não param de surgir e as que existem não param de inovar e nossas fronteiras estão abertas para os produtos importados.
Historicamente, podemos pensar no desenvolvimento do segmento em terras tupiniquins nos últimos 30 anos. Sonia Corazza, diretora Técnica da Corazza Inteligência em P&D Cosmética, durante Workshop Atualidade Cosmética, que teve como tema: “Maquiagem: A nova cara do Brasil” relembrou o período de ditadura militar (1964 – 1985) que fechou nossas fronteiras para os produtos de maquiagem importados como um agravante para o “atraso” do desenvolvimento desse mercado por aqui. Apesar do fim da ditadura em 1985, é só a partir do governo de Fernando Collor, em 1990, que o Brasil abre-se para as importações e a indústria de beleza.
Com uma indústria nacional de maquiagem quase nula e tantos anos de ostracismo em relação ao mercado global é natural que a mulher brasileira não soubesse usar maquiagem no início da década de 90. Vale ressaltar aqui o aspecto cultural importante de nossa colonização, também apontado pela Sônia durante o workshop. “Descobertos” pelos portugueses, muito católicos, a maquiagem, em princípio, não era “bem vista” e esse traço conservador demorou algum tempo para perder força.
Socialmente, a maquiagem foi, até mais ou menos 20 anos atrás, artigo de luxo acessível apenas para quem podia viajar para fora do País. A indústria local, até muito recente, oferecia uma gama muito restrita de produtos e, entre as consumidoras médias, o conhecimento sobre o tema limitava-se ao que era apresentado na TV aberta.
No que diz respeito à economia, a queda em 53% do desemprego no Brasil nos últimos 11 anos, de acordo com dados da Kantar Worldpanel, somado ao