Sedação em uti
Os objetivos da sedação em pacientes graves incluem: redução da ansiedade, diminuição do consumo de oxigênio, prevenção de lembranças desagradáveis, melhora da interação paciente e ventilador (sobretudo para facilitar da transição da ventilação controlada para respiração espontânea), diminuição da necessidade de contenção física, tratamento de síndromes de abstinência de álcool, retirada de drogas psicoativas ou opióides e viabilização de paralisia com bloqueadores neuromusculares. Embora a importância da analgesia apropriada e sedação pareça óbvia, há poucas evidências científicas que associem o sucesso do controle da agitação ou delirium, com a melhora dos desfechos clínicos. De qualquer modo pacientes agitados apresentam maior risco de remoção súbita de linhas de infusão com descontinuação de importantes terapias de suporte como drogas vasoativas e sangramento no sítio de punção do cateter. Além disso, a extubação acidental é mais freqüente em pacientes agitados. Enfim, esses pacientes apresentam tempo de permanência mais longo em UTI em comparação aos não agitados.
Avaliação da sedação
A avaliação criteriosa e sistemática dos níveis de sedação e analgesia de forma a evitar a super ou sub-sedação tem forte influência no prognóstico e no tempo de internação.
A maior parte das evidências disponíveis com relação ao uso de analgésicos e sedativos em UTI indica que pode ser menos importante qual droga a ser utilizada do que a titulação apropriada baseada em escores objetivos de conforto e nível de consciência. É igualmente importante que toda a equipe da UTI se envolva no processo. Sem práticas de sedação e analgesia que sejam consensuais diversos membros da equipe podem assumir condutas discrepantes e com diferentes objetivos, aumentando a chance de complicações iatrogênicas impedindo a recuperação do paciente.
Escalas de sedação
Escala de Sedação de Ramsay
A escala de Ramsay, descrita em 1974,