secreção genital

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
PROFESSORA KARIN MARIA LUDWIG
CULTURA DE SECREÇÕES GENITAIS
1. PRINCÍPIO
No trato genital feminino e masculino podem ocorrer diversas doenças, de etiologia bacteriana, fúngica, parasitária e viral. Grande parte dessas infecções pode ser assintomática ou causar sintomas muito discretos, que podem passar despercebidos pelo paciente. Devido à grande variedade de agentes possíveis de serem pesquisados é muito importante que a suspeita clínica seja bem direcionada para que os exames laboratoriais mais indicados sejam realizados.
Na mulher, as doenças mais comuns são vulvovaginite, vaginose hacteriana, cervicite, doença inflamatória pélvica e lesões genitais. No homem, destacam-se uretrite, prostatite e lesões genitais (Quadros 1 e 2). A coleta adequada das amostras e seu processamento laboratorial são fundamentais para o diagnóstico preciso. A interpretação dos resultados obtidos precisa ser feita com bastante critério, pois é comum nessas amostras a presença de determinados microrganismos que, muitas vezes, são somente colonizadores do trato genital, porém em situações especiais podem ser patogênicos.
O estreptococo heta-hemolítico do grupo B (SGB) é encontrado na mulher como saprófita da vagina e tem sido isolado em culturas do trato genital e/ou gastrointestinal em 10 a 40% das mulheres grávidas. É a principal causa de sepse e meningite em recém-nascidos, é causa freqüente de pneumonia e mais comum que outras doenças mais bem conhecidas, como rubéola, sífilis e espinha bífida. O principal fator de risco para infecção de início precoce pelo recém-nascido é a colonização materna pelo SGB no momento do parto e que pode ser prevenida pela identificação e tratamento da gestante colonizada. A variação da microbiota vaginal depende da influência hormonal nas diferentes idades:
► Recém-nascido - estéril.
► Recém-nascido após 24 horas - gradualmente adquire uma microbiota variada de organismos saprófitas constituída por