Secraids
DEFINIÇÃO DA AIDS
Em 1981 o Centro de Controle de Doenças (CDC) descreveu a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) pela primeira vez, através de relatos sobre infecções oportunistas que acometiam alguns adultos jovens, como pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP), citomegalovírus, candidíase e sarcoma de Kaposi, câncer de pele raro, todas associadas com grave depressão da imunidade celular. Dois anos depois o retrovírus que ficou conhecido como o vírus da imunodeficiência humana, foi isolado por Barre-Sinoussi (JONKERS; SAUERWEIN, 2008).
A forma infecciosa da imunodeficiência causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) promove supressão profunda da imunidade mediada pelas células do tipo T, e quando não controlada, caracteriza-se pela instalação de quadros variados de infecções oportunistas, neoplasias secundárias e doença neurológica. Classificado como retrovírus citopático não-transformador, que destrói células T alvo e induz a imunodeficiência. Possui invólucro lipídico herdado do hospedeiro que apresenta duas glicoproteínas viróticas, gp 120 e gp 41, sendo a primeira, envolvida na adesão de moléculas CD4+ que deflagra a infecção, e dotado de genes únicos que regulam sua transcrição e são o alvo da terapia (ROBBINS; COTRAN;KUMAR, 1996).
DADOS EPIDEMIOLOGICOS
A Sindrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1981, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune. Todos estes fatos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível. Em 1983 o agente etimológico foi identificado e tratava-se de um retrovírus humano, atualmente denominado vírus da