Sebastianismo na mensagem
O tema do Sebastianismo é porventura o mais complexo e o mais simples de todos aqueles que assombram a história de Portugal. Trata-se de um drama histórico, que naturalmente fez nascer sentimentos românticos e saudosistas, no lado da simplicidade, tal como um drama psicológico, fazendo nascer questões mais profundas, questões que dizem respeito ao ser mais íntimo. Pessoa é poeta, sem dúvida, mas o seu tratamento do Sebastianismo não é poético. Ele trata o drama psicológico, se quisermos, a questão do mito enquanto assombração da alma portuguesa, a perda da identidade nacional, a perda da independência e a restauração de valores antigos de nobreza.
Sebastianismo
Sebastianismo
O mito do Rei D.Sebastião
Movimento místico-secular
Ocorre em Portugal Segunda metade do século XVI
Traduz -se
Inconformidade com a situação política vigente
Expectativa de salvação
Em consequência
Morte do Rei D.Sebastião
Através
Ressurreição de um morto ilustre
Batalha de Alcacer Quibir 4 de Agosto de 1578
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Neste caso
D.Sebastião
Sebastianismo
Ao analisarmos o Sebastianismo é fundamental falar de um autor:
Sebastianismo
Fernando Pessoa (“Mensagem”)
Sebastianismo
Fernando Pessoa (1888-1935)
"Temos felizmente o mito sebastianista com raízes profundas no passado e na alma portuguesa. Nosso trabalho é pois mais fácil; não temos que criar o mito, se não que renova-lo"
O Mito de D.Sebastião
Encontrou
Transfigurou
Adoptou
Aprofundou
E uniu-o ao mito do V Império
Sebastianismo na “Mensagem”
Na Mensagem, primeira parte, D. Sebastião é um dos cinco príncipes infelizes e mártires, e é o quinto, no que de simbólico isto tem. No Mar Português, segunda parte, surge o mito, na noção providencial da história, quando Deus se revela nos instantes de fractura da história. Na terceira parte, D. Sebastião é já divinizado, surge o quinto império, enquanto império do espírito, escatológico e redentor. Depois,