Se é tão bom, por que tão pouco?
SE É TÃO BOM, POR QUE TÃO POUCO?
Paulo Wilton da Luz Camara
Doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto Universitário de
Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ / UCAM)
Mestre em Gestão e Estratégia em Negócios pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
(UFRRJ)
Professor do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM)
p.wilton@pwtarget.com.br
RESUMO
O estudo trata da inovação como um instrumento de grande relevância para o desenvolvimento econômico sustentável. Pretende contribuir para o debate contemporâneo acerca das razões pelas quais o nível de atividades inovativas no Brasil é tão baixo, em especial quando referido às micro e pequenas empresas, contextualizando-se na forma do seu título “Se é tão bom, por que tão pouco?”. Para isto, leva a uma incursão sobre a relação entre desenvolvimento econômico, política industrial e sua ramificação para as políticas públicas de inovação, em especial as direcionadas às micro e pequenas empresas. Apresenta um panorama da importância econômica e o potencial deste universo de empresas, algumas de suas características e, na medida em que caminha para a conclusão de que as políticas públicas relativas à inovação para aquelas empresas carecem de adequação e consequente efetividade, aponta sugestões sobre possíveis aspectos que podem merecer aprofundamento em pesquisas futuras, na permanente busca pelo maior entendimento sobre o assunto.
Palavras-chave: Inovação. Desenvolvimento. Crescimento Econômico. Políticas Públicas. Micro e Pequenas Empresas. Empreendedorismo.
1 INTRODUÇÃO
O panorama internacional, mais uma vez, mostra a sua fragilidade econômica e, pelo terceiro ano consecutivo, é baixo o crescimento global. Como a dependência econômica entre os países é crescente e irreversível, a crise que atingiu principalmente os países