science
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JESUÍTAS
HI"!I/(~A~ NO BIIASII.
casas da companhia para ensinar-lhes gramática e até
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à Europa.
J\ criação das casas e colégios aconteceu de forma diferenciada
-m cada região. No Espírito Santo, por exemplo, são muitas as referl'I,l'ias sobre a facilidade de se sustentarem meninos recolhidos na
'asa dos padres, bem como sobre o apoio dos moradores para a manutenção dos jesuítas. Em São Vicente, muito se fez graças à doa':10 dos bens do morador português Pero Correa, aos meninos órfãos, quando decidiu entrar para a Companhia de Jesus, em 1550.
Na Bahia, sede administrativa da companhia, o famoso colégio foi fundado após vários percalços. Numa carta escrita ao padre
I{odrigues, em agosto de 1552, alguns anos após a sua chegada ao
Hrasil, o padre Nóbrega explicava a sua intenção de criar os meninos
10gentio, grande meio para converter a todos. Para isto determinara-se a fundar casas que persistissem "enquanto o mundo durar". A
.hegada de meninos órfãos do Colégio de Jesus dos Meninos Órfãos lc Lisboa (em 1550 e 1551) parecia confirmar ao padre Nóbrega o seu propósito. Ouvido o governador Tomé de Souza, e vendo-se a difi'LIIdade em manter os meninos, escreve Nóbrega, "assentamos, com
() parecer dos mais padres nossos, de tomarmos terra e ordenarmos t':tS:.1 de meninos" .~9 Com o auxílio de Tomé de Souza, que doara uma parcela de terra e com a autorização de Lisboa, fundava-se finalmenIv lima confraria que se chamaria Colégio dos Meninos de Jesus. Não
\'1':\ propriamente um colégio, como os que se fundavam na Europa l\'s(lt' :1 década de 1550, apesar do nome. Tinha sim uma situação
1IIIIdk'~1ambígua, pois ao mesmo tempo era instituição eclesiástica,
IIlIlI() ronfraria, e civil, por cuidar de órfãos (portanto sujeita a uma
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especial). fundação da confraria, segundo o padre Serafim Leite, inaugu11111
I111Iperíodo de intensa atividade dos meninos órfãos, "dentro de
11,1l,~rl'r:1 de pequenos catequistas e doutrinadores"." Os