Schopenhauer e o princípio da razão

Os pensamentos e reflexões de Arthur Schopenhauer começaram no Idealismo Alemão, seguindo a linha previamente traçada por Kant, que citava a razão como algo que vem antes do querer e dos sentimentos, e assim ao surgirem passam a ser momentos dela. Como afirmou Descartes, “sentir nada mais é do que pensar”. Mas após reflexões, Schopenhauer postulou o princípio irracional do mundo, colocando a razão como mero momento do mundo, sendo secundária. A parte irracional é a Vontade, também denominada mau radical. Sendo muito pessimista, Arthur afirma que a única salvação possível é evitar a piora de tudo. Um dos seus principais pensamentos era a visão de um mundo dividido em duas partes - representação e Vontade - e assim para determinar o modo que vemos e interpretamos tudo em ''nosso mundo'' ele utilizou o ''princípio de razão''. Princípio de razão é o que determina nosso núcleo interno, o modo de funcionar de nossa mente, nossa realidade. Ele possui três partes constituintes subjetivas: espaço, tempo e causalidade. Os dados fornecidos por nossos sentidos são inseridos em um tempo e situados em um espaço, e feita a avaliação deles pela razão adquirem uma causalidade. Esse princípio é inato, e todos o possuem e o resultado desses dados situados por ele é de domínio de nossa consciência sendo intrínseco a ela. Outro assunto citado por Schopenhauer é a distinção entre realidade e sonho, que é dificilmente feita, já que podemos confundi-las. Fala que em alguns momentos pensamos no passado e que tudo já não passa de uma nuvem, sendo assim nós já não somos os mesmos que éramos ao guardar aquelas memórias e vemos tudo com uma expectativa diferente da anterior, e sonho se torna facilmente realidade. O autor não chega a soluções para questão. Mas o mundo não é só representação e imagens soltas, existe também a vontade em si - é o que eu sinto, um ímpeto - que funda a metafísica de Schopenhauer. O meu ''eu'', meu pequeno mundo interior, é um espelho do macrocosmo, o restante