Schoenberg quartetos de cordas
Escrito entre o verão de 1904 e setembro de 1905, o Primeiro Quarteto de Schoenberg foi estreado em Viena no dia 5 de fevereiro de 1907, pelo Quarteto Rosé. A primeira audição desta obra deu origem a um escândalo na música erudita, ao qual Mahler assumiu publicamente a defesa de Schoenberg.
Enquanto suporte incontestado da “música pura”, o Quarteto nº1 constitui um distanciamento muito nítido de suas obras antecedentes, procurando assim, uma renovação da forma composicional de Beethoven (Quarteto op. 131), de Schubert (Wanderer-Fantasia) e de Liszt (Sonata), utilizando a combinação entre os quatro andamentos tradicionais: um Allegro, um Scherzo, um Adagio e um Rondó. Que, não são somente encadeados, mas aglutinados graças as frequentes mudanças de tempo que atenuam as principais articulações.
Outro critério fundamental é o fato da escrita possuir uma densidade polifônica, onde cada nova parte é caracterizada por uma temática que lhe é própria, retirando seus recursos de um elemento anterior que através de mutações sucessivas, leva a uma nova figuração.
Quarteto nº2
O quarteto nº2 afirma-se como uma das obras mais originais da época, por utilizar a voz como recurso através de dois poemas extraídos do Ciclo do Sétimo Anel de Stefan George. No plano formal, este quarteto abandona a forma continua do Primeiro Quarteto, caracterizando-se por quatro andamentos de dimensões menores, que, regidos por uma concepção cíclica, unificam o todo. Ainda assim, o Quarteto nº2 não renuncia ao grau de coesão que caracteriza essas duas obras.
A tensão veiculada pela escrita resulta da distância entre o vocabulário tonal e a sintaxe que já não coincide com as leis tonais.
Quarteto nº3
Esta é a última composição de câmara antes do exilio que levara Schoenberg à França e em seguida aos Estados Unidos (1933). Foi composto no começo de 1927 e estreado em Viena no mesmo ano pelo Quarteto Kolish.
O Quarteto nº3 respeita a divisão tradicional em