Saúde é desenvolvimento
Luís Eugenio Portela Fernandes de Souza
O texto vem questionar o que significa “saúde é desenvolvimento”, que foi o tema central do 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Nos debates ocorridos no congresso foi visto que há três dimensões importantes na relação entre saúde e desenvolvimento.
A primeira dimensão refere-se a distinção de crescimento econômico e desenvolvimento, na qual se as condições de vida das pessoas e seus níveis de saúde, não melhoram, o país não se torna desenvolvido, dessa forma, o que é medido pelo PIB, não é suficiente para produzir bem-estar social, sendo necessário articular as políticas de desenvolvimento e as políticas sociais.
Uma segunda dimensão diz respeito aos efeitos das condições de saúde sobre o crescimento econômico, a exemplo da China, foi obervado por Amartya Sen que investir em educação e em saúde tem um efeito muito positivo sobre o crescimento econômico.
E a terceira dimensão atém à contribuição da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de saúde para a geração de riqueza. Dessa forma tem-se a seguinte interrogação: como se pode caracterizar as relações entre desenvolvimento e saúde no Brasil, hoje?
O autor traz que no ponto de vista da ação governamental, destaca-se as iniciativas voltadas para impulsionar a inovação tecnológica e o complexo econômico-industrial da saúde, assegurando o suprimento dos insumos necessários à expansão da oferta de serviços que respondam aos problemas de saúde dos brasileiros. No tocante a dimensão dos efeitos das condições de saúde sobre o crescimento econômico,o autor traz que a política macroeconômica nacional parece desconhecer a importância do investimento na saúde pública.
E como conclusão, o autor expõe que “Ser um país desenvolvido é hoje uma aspiração da sociedade brasileira. Buscando contribuir para concretizá-la, os sanitaristas e sua entidade científica desejam se manter articulados ao Movimento da Reforma Sanitária para