Saúde e Educação
Nas últimas décadas tem-se verificado intensas modificações no sistema de saúde português, em que este pretende que a população, cada vez mais participe nas tomadas de decisão, acerca da sua própria saúde e a dos seus familiares.
A criação do Serviço Nacional de Saúde teve como objectivo máximo a equidade, facilidade de acessos e a justiça social na distribuição dos seus recursos. Este teve e tem o seu mérito, contudo foi contrariado pelos mais variados aspectos, nomeadamente, a desigualdade dos níveis educacionais da nossa população que interferem com a aquisição de “bens” a nível da procura dos cuidados de saúde.
A nível mundial, a educação foi reconhecida como uma actividade que não é neutral, que está intimamente ligada a múltiplas relações de denominação e subordinação. Desta forma, ao longo dos tempos tem sofrido uma constante evolução, frutos do desenvolvimento industrial que obrigaram a uma autonomia da educação popular, marcada por vários movimentos sociais que têm como objectivo a mudança de valores na sociedade, em que o maior exemplo é a alfabetização de adultos.
Neste sentido, Freire considera que a educação tinha que estar ligada a lutas pela emancipação e contra a exploração. De outra forma, não mereceria o rotulo de “educação”.
A educação de adultos antes de ser uma disciplina é uma multiplicidade de práticas onde a aprendizagem se encontra acoplada à mudança. Deste modo, “qualquer ser vivo enquanto vivo (mesmo que doente, muito doente, ou em estado terminal) encontra-se em condições de estar a aprender; essa aprendizagem pode ocorrer preferencialmente via uma das dimensões desse ser vivo, mas ela repercute-se (em termos processuais) a todas as outras dimensões”, (Oliveira; 2004:35).
Para se poder falar de educação à que primeiramente definir os termos. Neste sentido, educar (do latim. Educare), significa promover a educação; transmitir conhecimentos; criar condições para o educando modificar para melhor o seu comportamento.